Você já comprou uma roupa por impulso e se arrependeu depois? Se você tem uma roupa no seu armário com etiqueta – bem vinda ao clube das que compram por impulso. O que é comprar por impulso? É um gasto não planejado em que se decide comprar sem pensar. É normalmente motivado pelo pensamento mágico de que o que estamos comprando vai nos fazer sentir-se melhor. Geralmente ela é associada a sentimentos de culpa após a compra.
Há pesquisas que dizem que a compra por impulso também se aplica a grandes compras como carros e casas. É uma espécie de isca irracional. O nosso cérebro recebe a isca e que convence que estas compras nos farão felizes. E assim nos darão aquela falsa sensação de bem estar. Porém, esta sensação acontece em um curto prazo de tempo.
Eu já perdi a conta de quantas vezes comprei por impulso. Que vergonha admitir isso. Porém, quero compartilhar com vocês os meus pecados “fashion”. E mesmo dando dicas do que comprar, eu sou a primeira a admitir que já deixei de seguir as minhas próprias regras comerciais . E assim, fiz muitas compras muito erradas. Todas nós cometemos erros. Infelizmente, alguns destes erros são mais caros que os outros.
Já comprei sapatos e sandálias super desconfortáveis e paguei os olhos da cara só porque os achei divinos. Depois ficaram ocupando espaço em meu closet, porque era impossível usá-los. Já comprei vestidos de tecidos horrorosos porque tive ataques de loucura dentro das lojas. Já comprei calças jeans que nem sequer cheguei a vesti-las, porque impliquei com a lavagem. Enfim, já nem lembro mais das tantas vezes que tive um ataque de consumismo e depois morri de arrependimento.
A pior de todas, o maior prejuízo, foi uma bolsa Louis Vuitton a “Melrose Avenue” que comprei em Copenhague e usei pouquíssimas vezes. Paguei os olhos da cara. Não que ela não seja lida. É maravilhosa e hoje está na galeria das bolsas em edição especial da marca. O motivo de eu quase não usá-la? É muito pesada. As ferragens são poderosas e ela pesa mesmo. Tem que ser pra mulher grande e alta.
Atualmente, estou melhor quanto a estes prejuízos loucos que já fiz. Porque vamos combinar, é um dinheiro posto fora. Com o tempo aprendi a fazer um “declutter” em meu armário. Até já escrevi um post sobre os erros que devemos evitar ao irmos às compras. Hoje sei as roupas que tenho e do que preciso. E então quando vou às compras, já saio de casa com foco. Saber de antemão as lacunas de nosso closet e o que se precisa é de grande ajuda.
Outra lição que estou aprendendo é fazer uma lista de desejos. De coisas que preciso adquirir e assim vou eliminando os ítens quando eu os compro. Esta lista é ótima e tem me ajudado muito. Funciona como uma espécie de compromisso comigo mesma. Assim quando chego nas lojas, consigo ser fiel ao meu propósito. E não saio a comprar disparates como muitos que já comprei. Está sempre no bloco de notas de meu celular. E sempre vou atualizando a medida que vou adquirindo os itens ali escritos.
Outra tática que adquiri e que tem dado certo na maioria das vezes é que quando vejo alguma coisa que quero e/ou preciso, não compro imediatamente. Saio da loja, respiro, tomo um café. Dou mais uma olhada em outras lojas e na maioria das vezes aquela excitação inicial desaparece. E aquele desejo passa e então percebo que se tivesse feito aquela compra, teria entrado em mais uma “roubada” de comprar por impulso. Fico orgulhosa de mim mesma por ter conseguido ser racional.
Também passei a ter um olhar mais exigente, atento e crítico. Examino a peça de roupa no corpo. Me olho em todos os espelhos, de frente, de lado, de costas. Saio do provador, sento, levanto, verifico se fica confortável, e quando tiro ainda olho as costuras por dentro e por fora. Examino o estado da bainha. Vejo a composição do tecido, se é natural ou sintético. Leio a etiqueta com as instruções de lavagem.
Fiz até um post sobre guia de lavanderia, se precisa ou não fazer ajustes, etc. Se é sapato, ando por dentro da loja, sento, levanto, enfim….Reconheço que hoje eu chego a deixar as vendedoras meio impacientes e algumas ficam até de cara feia. Porém, não estou nem aí. A maturidade me ensinou a fazer assim e não me constranjo mais. Resumindo: faço um controle de qualidade total. Outra coisa, não caio mais na cilada da liquidação. Porque nunca encontrei nada que valesse à pena em termos de custo e benefício. Roupas que não são de boa qualidade, que não se encaixam no meu estilo de vida, mesmo que sejam uma pechincha, não me fazem cair mais nessa e não compro mais.
A esta altura de minha vida, tenho um closet com roupas que uso. Que são adequadas para o meu corpo e que adoro usá-las.
Xô tentação!
Alguma vez você já se arrependeu de ter sido vítima de uma compra por impulso?
Quais foram as piores “roubadas” de compras que fizeram? E depois se arrependeram e não usaram?
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