Esta postagem sobre 9 celebridades que lutaram contra a depressão é para chamar à atenção sobre uma doença que segundo a Organização Mundial da Saúde será a doença mais incapacitante do mundo até 2030. Atualmente 5% da população mundial sofre deste transtorno que não escolhe classe social, sexo ou raça. A depressão pertence ao grupo de doenças do nosso tempo. E ela está entre as doenças que agravam cada vez mais a qualidade de vida das pessoas e afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens.
Apesar da fama e do sucesso, muitas celebridades não estão livres de sentimentos de baixa auto-estima, nervosismo, tristeza, irritabilidade e apatia associados à depressão. A depressão e outras formas de doenças mentais podem afetar qualquer pessoa. Muitas estrelas sofrem de crises de pânico, choro, fadiga, melancolia e têm dificuldde de concentração. Elas perdem o sono, apetite e muitos interesses. A gente tem ideia o quão difícil é enfrentar um transtorno depressivo quando se é famoso. E sabe que lidar com a fragilidade e a doença não é tarefa fácil. Independente da fama, as celebridades são gente como a gente e suscetíveis a qualquer doença.
Vamos saber um pouco mais sobre elas:
1 – Robin Willians
Seu suicídio em 2014 chocou milhões de fãs. O ator tinha histórico de depressão, problemas com drogas e abuso de álcool. Ele havia sido diagnosticado com Mal de Parkinson. E segundo sua esposa, já estava iniciando uma forma de demência. Em 2006 ele descreveu em uma entrevista seus altos e baixos e seu estado maníaco.
2 – Owen Wilson
Owen Wilson é um dos atores mais conhecidos no gênero de comédias românticas. Em 2007 sua tentativa de suicídio abalou Hollywood e devastou seus familiares, amigos e fãs. Embora nas telas sempre transpareceu alegria e maluquice com seus personagens, na vida real a história era outra. Lidou com dependência de drogas e problemas de relacionamentos. Ficou muito mal, principalmente depois do término com a atriz Kate Hudson. O fato de seu pai estar com a doença de Alzeimer também agravou sua depressão
3 – Gwyneth Paltrow
Cerca de 13% das mulheres que dão a luz desenvolvem depressão pós-parto. Com Gwyneth Paltrow não foi diferente. Após dar à luz a seu filho Moses, a atriz enfrentou uma batalha contra a depressão pós-parto por 5 meses. Ela declarou sentir-se como um zumbi. Com exaustão, privação de sono e outros estressores que a impediram de cuidar de seu filhos. Gwyneth diz que não conseguia se conectar com suas emoções. Devido a doença, a atriz abandonou de vez a ideia de passar por uma terceira gravidez.
4 – Brooke Shields
Depois de uma carreira de sucesso como modelo e atriz, Brooke tornou-se conhecida como a garota-propaganda da depressão pós-parto. Ela enfrentou a ira de Tom Cruise quando discutiu abertamente a possiblidade de tomar medicação para lidar com a depressão. Após o nascimento de sua filha Rowan. Em uma entrevista para o New York Times em 2006, Brooke declarou ter sido reconfortante para ela quando seu ginecologista lhe disse que seus sentimentos de extremo desespero e pensamentos suicidas eram decorrentes de uma mudança bioquímica em seu corpo. A atriz lançou um livro compartilhando sua experiência com a doença.
5 – Halle Berry
Em uma entrevista Halle falou sobre a devastação que sentiu quando seu então marido David Justice terminou seu casamento, em 1997, levando-a a considerar o suicídio. Ela conta que por três horas ficou sentada dentro do carro na garagem chorando. E que a a partir daí não teve mais vontade de se levantar da cama. Ela perdeu todo o interesse pela vida e queria acabar com tudo. Pouco tempo depois começou a fazer terapia. E a partir de então, fez uso de anti-depressivo e aí começou a enxergar uma luz no fim do túnel. Halle segue em terapia comportamental e medicamentosa até hoje.
6 – J.K.Rowling
A mulher por trás de todo o sucesso dos livros da série Harry Potter que trouxe tanta alegria a milhões de pessoas declarou ao jornal “The Guard” que sentiu muito desespero antes de escrever seus romances mágicos. A escritora de 51 anos, era apenas uma mãe recém divorciada sem um centavo no bolso quando escreveu seu primeiro livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Rowling escrevia em cafés enquanto sua filha recém-nascida dormia no carrinho ao seu lado.
Depois de um casamento curto e catastrófico com o jornalista português Jorge Arantes, Rowling entrou no fundo do poço. Durante este período ela lidou com uma dura pobreza. E a depressão tomou conta, levando-a a ter pensamentos suicidas. Após seu primeiro livro ser publicado, ela publicou o segundo depois de um ano e os dois viraram bestseller e assim foram com os outros. Com este sucesso imediato, J.K.Rowling conseguiu buscar ajuda, fez tratamentos e mantém a doença sob controle.
7 – Emma Thompson
A atriz admitiu em uma entrevista que caiu em depressão profunda quando terminou seu primeiro casamento com o ator Kenneth Branagh. Os dois eram considerados os queridinhos da América nos anos 90. E aí anunciaram a separação porque estava havendo rumores de que Kennerth estava tenho um caso com a também atriz Helena Bonham Carter. O primeiro sinal alarmante da doença foi quando ela se deu conta que além da tristeza paralisante, ela não tomava banho e nem trocava de roupa. Vivia com um roupão preto e velho que tinha sido de Kenneth. E nem atendia ao telefone. Emma procurou ajuda na psiquiatria e no trabalho
8 – Sheryl Crow, 54 anos
Na revista “Ladies Home Journal ” em 2003, a cantora falou sobre suas lutas ao longo da vida com a depressão. Sheryl pensou em suicídio quando enfrentou um câncer de mama e um tumor cerebral begnino. E declarou que a depressão é uma doença química. E por isso precisava fazer acompanhamento terapêutico e medicamentoso. Durante este período em que descobriu o câncer, ela falou a ela própria que era a única pessoa que poderia cuidar de si mesma e foi o que fez.
Sheryl revelou em entrevistas que teve uma infância difícil e triste porque sofria de terror noturno o que a privava do sono porque tinha medo de morrer. “Eu cresci na presença da melancolia. E com uma sensação de perda muito grande, e a depressão foi uma condição herdada e eu herdei isso de meu pai que sempre teve transtorno de humor”.
9 – Paulina Porizkova
A super model em 2007 ficou de fora do reallity show “Dancing With The Stars” e este episódio desencadeou uma ansiedade tão grande que a levou a sofrer de ataques de pânico por um longo tempo. Paulina confessou que não conseguia entrar em elevadores, andar de carro, ônibus ou avião. Que tudo era aterrorizante para ela. E que os antidepressivos que teve que tomar terminaram com sua vida sexual, e ela ficou em baixo de um edredon para eliminar a tristeza permanente que sentia diante da vida. Quando decidiu procurar terapia comportamental, ajustou os antidepressivos e começou a ver finalmente a luz do sol. Hoje, a modelo e atriz segue sua vida com acompanhamento médico.
É muito triste quando a depressão entra na vida das pessoas e elas não conseguem procurar ajuda. Eu tive um caso na família que os médicos custaram a diagnosticar e isso me causou um sofrimento severo e digo com todas as letras que foram os piores anos de minha vida. Com a graça de Deus, com muita perseverança para encontrar o tratamento certo, a medicação certa e muito amor e fé conseguimos vencer esta doença. E os dias me trouxeram a alegria e este pesadelo ficou no passado. Mas até chegar ao diagnóstico houvi os piores erros médicos e prognósticos.
Espero que este post das 9 celebridades que lutaram contra a depressão possa ajudá-las de alguma forma. É um alerta que deixo: cuidem-se, fiquem de olho aos seus sentimentos e das pessoas que vocês amam. A depressão se bem diagnosticada, pode ser curada.
Um grande beijo!
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2 comentários
Denise Ribeiro
É bom ver esse assunto sendo discutido cada vez mais. Só gostaria de acrescentar que não é necessário um gatilho como os que foram citados (doença, pós-parto, separação) para que a depressão apareça. Muitas vezes não há uma causa externa, a pessoa simplesmente afunda sem explicação visível. E sim, a genética tem grande importância no desenvolvimento do quadro. Ainda bem que contamos hoje com medicações e tratamentos que minimizam e controlam a doença (não curam, controlam).
Beijos
Janeisa Tomás
Oi Denise, muito boa tua colocação sim sobre a não obrigatoriedade de um gatilho externo. É claro, que uma depressão tem várias causas, mas pode não ter nada aparente que justifique a doença sim. Beijos e obrigada pela visita.