Vocês já ouviram falar no aplicativo que permite deixar mensagens depois da morte? Eu nunca tinha ouvido falar até que li uma matéria sobre o autor. Joe Loew tinha 44 anos. Ele estava doente em uma cama de hospital e achava que iria morrer. Aí, ele teve uma ideia milionária: o Keep Tree. O Keep Tree é uma ferramenta que permite armazenar mensagens online. E estas que podem ser agendadas para divulgação após a morte dos usuários.
Tudo teve início quando Joe tomou um antibiótico. Ele teve uma reação alérgica muito grave que o deixou para morrer num hospital. Em uma fração de segundos, ele deixou de ser um homem jovem e saudável e ficou à beira da morte. Ele teve muito medo que seus filhos, que tinham 8 e 5 anos, crescessem sem memórias e lembranças dele. A saída foi começar a gravar vídeos com mensagens para que seus filhos lesses depois de sua morte. Todas as mensagens tinham datas específicas para que sua mulher os mostrasse às crianças. Os vídeos foram feitos pensando nas datas oportunas para os filhos assistirem. O que ele mais queria é que estas mensagens fossem apropriados para o momento de suas vidas.
Depois de algum tempo, os médicos conseguiram livrá-lo da morte. Sua saúde tornou-se reestabelecida e Joe teve a ideia de usar os vídeos como um meio de comunicação post-mortem.
Assim que Joe saiu do hospital, ele procurou alguns investidores. Em 2011, ele encontrou Hiroshi Nakata que investiu centenas de milhares de dólares e o projeto recebeu aprovação.
Atualmente, o Keep Tree está sediado em Nova York e Tóquio e já conseguiu mais de 5 milhões de investidores.
E o mais interessante, é que para além de pessoas em estado terminal, o Keep Tree é utilizado por pessoas que queiram gravar mensagens de aniversário ou canções de ninar e histórias infantis para as crianças dormirem. E também durante as viagens de negócios ou períodos de ausências em que os pais precisam ir e não podem levar os filhos.
Quando li sobre este aplicativo de mensagens depois da morte, lembrei de um filme que assisti na adolescência. Se chamava “Um Dia de Sol” , cuja história era de um casal jovem com uma filhinha pequena. A mãe descobre que tem um câncer avançado e não poderá ver a filha crescer. Ela então, passa a gravar fitas cassetes para que a menina quando pudesse compreender, escutasse todos os ensinamentos que a mãe deixou. Se não me engano, uma das músicas da trilha sonora era de John Denver. De certa forma, naquele filme a personagem também fazia uso desta ferramenta para deixar suas mensagens após sua morte.
Chorei muito naquele filme. Ao ler sobre este aplicativo que permite deixar mensagens depois da morte, apesar de ser útil, me traz tristeza. Porque fico imaginando as pessoas em estado avançado de alguma doença, tendo consciência de sua finitude e ainda ter forças e energia mental para deixar muitas mensagens.
E vocês o que pensam deste aplicativo que permite deixar mensagens depois da morte?
Deixem seus comentários. Lembrem-se sempre que para eu trazer assuntos que de alguma forma vão interessar eu preciso que vocês colaborem um pouco comigo e me dêem algumas dicas. Assim vamos deixar este blog com a nossa cara, celebrando a mulher que estamos nos tornando.
4 comentários
Maria Ribas
Achei a ideia interessante, porque, quando se tem filhos pequenos deve ser muito triste a pessoa ter uma doença incurável e saber que vai morrer e não vera os filhos crescerem. Eu mesma confesso, que peço a Deus, que me de muita saúde para ver minha filha se formar. Acho que todos temem de alguma forma a morte. Gostei da matéria!!! Parabéns!!! bj!
Janeisa Tomás
Maria quando fiquei sabendo da história deste homem, fiquei muito penalizada, porque assim como vc. rezo a Deus todos os dias agradecendo pela vida e pedindo pela vida de meus filhos. Temos que celebrar a vida enquanto a temos.
Felicitas Rovesti
Já pensou ficar ouvindo mensagens do morto e não puder rebater…comentar…?
Acho esse aplicativo meio deprimente principalmente para quem “fica “,….
Janeisa Tomás
Oi Felicitas, eu não sei como eu iria reagir, talvez me deprimisse sim. Porém, escutaria pela curiosidade e depois nunca mais. Beijos!